quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ANALISE: Divinity 2: Ego Draconis XBOX360 PS3




Divinity 2: Ego Draconis para Xbox 360 e PC, é uma sequência do bacaninha RPG Divine Divinity, lançado para PC em 2002. Produzido pela empresa bélgica Larian Studios, o game é centrado em um RPG de ação.

O título do game, em latim, já dá uma idéia do que você pode esperar. Ego significa "Eu" e draconis significa "Dragão". Sim meus amigos, temos mais um RPG sobre dragões na área, infelizmente Divinity 2 está longe de ter a mesma qualidade de um Dragon Age.

É um jogo  que, como logo veremos, apresenta boas idéias, mas que faltou um polimento final mais cuidadoso para que pudesse se destacar no mercado. É uma aventura que requer muita paciência, então se você está com tempo sobrando em sua agenda, vale a pena dar uma conferida, mas se você não for do tipo paciente ou não tem muito tempo sobrando pra ficar jogando, recomendamos que procure outro game.

Meio homem, meio Dragão

O jogador assume o papel de um caçador de dragão em uma perspectiva em terceira pessoa. A trama se desenrola na atormentada terra de Rivellon, um mundo fantástico cheio de magia e povoado por humanos e criaturas incríveis.

Ok, até aí nada de muito original, mas o enredo fica mais interessante quando o nosso herói acaba se transformando naquilo que ele e sua ordem de matadores caçam: um dragão. Como dragão, você pode voar sobre as terras, dilacerar infelizes aldeões e soltar fogo em vilarejos e matar tudo pela frente. Divertido não? O único problema é você chegar até a esse ponto, já que o game não te ajuda muito (já explico melhor mais adiante).

Bom, continuando, já logo no início após o tutorial, você pode escolher a sua classe: Knight, (Guerreiro), Ranger (Arqueiro) ou Sorcerer (Mago). Cada classe possui suas habilidades, mas o interessante é que você não fica limitado a classe que escolheu, você pode evoluir o seu personagem com a aquisição de habilidades das outras classes. Há muitas opções disponíveis e mais tarde você ainda pode se transformar em Dragão, passando a ser um Dragon Knight, com o poder de ler mentes de todos os NPCs do game, obtendo assim novas informações, descobrindo segredos, caminhos alternativos e side-quests.

Como na maioria dos jogos desse gênero, você ganha pontos de técnicas e habilidades quando o herói sobe de nível, e isso acontece quando se cumpre as quests (ou missões, como preferir) e matando os monstros em combate em tempo real, que pode ser pausado para acessar alguns comandos.

Há uma campanha principal com várias missões, que servem para se obter pontos de experiência, dinheiro e itens. Temos também várias side-quests,  que além disso tudo, também servem para a longevidade do game. Há muito para ser explorado no mundo  aberto de Rivellon, em jornadas por terras medievais cheias de aldeias e vilarejos e passagens subterrâneas, com a opção ainda de se estabelecer um comércio. Você ainda pode guardar vários itens para depois vender ou trocar em determinados locais, e também pode comprar armas, armaduras e afins.

Até agora esses são todos os pontos positivos que o game apresenta e sem dúvida a opção de se transformar em Dragão é o seu elemento mais interessante. Mas agora vamos analisar os pontos negativos, e o primeiro que você vai notar ao jogar será a sua jogabilidade, que de tão ruim chega a ser frustrante. O sistema de combate e a mecânica de movimentação do seu herói é simplesmente péssima. A movimentação é travada e pouco eficaz, especialmente durantes as lutas, onde os golpes são lentos, habilidades que falham em funcionar e a movimentação do personagem que é difícil, mesmo para desviar dos inimigos. Vai ter (vários) momentos em que você irá morrer por culpa da má jogabilidade e vai querer jogar o controle do videogame na parede (recomendo que não o faça). Após algumas horas de jogo e a evolução do personagem, você irá se acostumar com a jogabilidade, mas isso vai exigir uma boa dose de paciência.

Se você sobreviveu à jogabilidade, prepare-se para outro ponto negativo: os gráficos. Quem já jogou Dragon Age com os seus belos gráficos, certamente vai sofrer com as texturas horríveis e a fluidez fraca em Divinity 2. É espantoso de ver o desleixo que tiveram com o game, com inúmeros bugs visuais e cenários mal feitos, sem apelo visual. O design dos personagens é péssimo, mal caracterizados e sem nenhum carisma, pelo menos os Dragões estão bem feitos.

A trilha sonora possui alguns bons temas, tanto nos momentos de ação quanto na exploração, mas nada que se destaque muito. Os efeitos sonoros também não apresentam nada de especial, e alguns até soam atrasados alguns segundos, com o som audível depois que a ação já foi feita. Por outro lado possui diálogos criativos e bem escritos, que poderiam ser melhor apreciados se o game não frustrasse tanto na jogabilidade.

Conclusão: Divinity 2: Ego Draconis é um jogo que requer muita paciência para se jogar. Ele chega a surpreender com bons elementos, como um herói versátil, um vasto mundo a ser explorado em várias horas de jogo e uma história interessante, com a opção de se transformar em um Dragão, o que é muito legal. Infelizmente a maioria dos jogadores não terá paciência de jogar até se transformar, pois passados 15 minutos com graves problemas na jogabilidade, um sistema de batalha tedioso e bugs visuais grotescos, a vontade de se trocar por um game melhor será maior.
 

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